quarta-feira, 6 de abril de 2011

Só o amor .

Preciso que o vento me dê força,
Que o tempo me dê compreensão.
Que você me dê amor, carinho,
Beijo e perdão.
Preciso subterfúgios, para fugir da solidão.
Não gosto de rádio, nem televisão.
Gosto de conversa, de troca, de toque.
Gosto de um pouco de atenção.
Meus bosques noturnos se enfeitam
De luares já perdidos
Meu olhos encardidos
já não querem mais chorar, nem sofrer.
Olhos foram feitos para ver.
Me faça ver!
Uma saída.
Uma parte, uma janela, uma válvula
de escape,
Um ponto de fuga, uma rota, um desvio,
Uma estrada, um caminho, um mar,
um rio...
Estou cansado de não ver.
De só me percorrer por dentro.
Ser meu próprio prisioneiro, meu detento.
Preciso expor o que penso, o que sinto,
O que invento.
Preciso de água e vento.
Gosto de fazer o jogo
Dos quatro elementos.
Preciso que o vento me dê forças para
erguer
Os castelos desfeitos.
Desfazer o nó na garganta,
a dor no peito.
Às vezes parece que só o amor dá jeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário